Não é novidade pra ninguém que Messi e Cristiano Ronaldo têm dominado o topo do futebol mundial desde 2008. Esse domínio mostra a carência de valores individuais excepcionais no futebol atual. Fora do mundo extra terrestre que Messi e CR7 vivem, temos apenas coadjuvantes, alguns com qualidade para na frente serem o topo do futebol do mundo, como Neymar, por exemplo, mas muito poucos.
Essa condição se contrasta com fertilidade de craques excecionais no início da século XXI. Podemos alistar como craques no início dos anos 2000 Ronaldo, Zidane, Figo, Rivaldo, Beckham, Henry, Nedved, Del Piero, Ronaldinho, Totti, Balack, Crespo, Raúl... entre alguns outros. Desses quem podemos dizer que tinha um nível dos dois gênios atuais, são Ronaldo, Zidane e Ronaldinho no seu auge meteórico, entretanto o nível dos demais era muito parecido.
A que se deve essa disparidade da quantidade de antes para a de hoje? Muito se deve aos clubes, hoje Barcelona e Real Madrid dominam mercado da bola e são os que atraem os grandes jogadores de hoje. Com grandes elencos, se torna mais fácil os valores individuais, e consequentemente os grandes craques aparecerem. No início do século, Milan, Internazionale, Juventus, Arsenal, Manchester United e Bayern de Munique dividiam os holofotes com Barça e Real. Os elencos eram mais equilibrados e não havia muita diferença na qualidade. A decadência de times como Milan, Internazionale, Arsenal e Manchester prejudicou demaziadamente a disputa pelo topo do mundo, se bastando apenas a Barça e Real e correndo por fora Juventus e Bayern que aparecem de vez em quando, mas ambos sem nenhum grande valor individual. Isso se dá devido a disparidade econômica dos times. Imagina se Neymar, Suarez, Bale, Benzema estivessem cada um em um time grande diferente e os elencos fossem mais equilibrados?! Talvez estes nomes almejassem voos maiores como a bola de ouro da Fifa, mas todos se resumem apenas a coadjuvantes de Messi e Cristiano Ronaldo.

Claro que nem tudo é dinheiro, até Mesmo por que há times milionários como PSG e City que não ganham nada, falta a eles tradição e experiência de decisões na Champions League. Até serem gigantes vai demorar décadas. Enfim, por um bom tempo haverá essa disparidade de qualidade individual. Mesmo que Messi e Cristiano Ronaldo se aposentem, provavelmente continuará havendo essa disputa exclusiva do melhor jogador do Real e do melhor jogador do Barça, pois ambos são os únicos que unem tradição e dinheiro numa camisa só. Infelizmente.